![]() |
Antiga Fábrica da Sedas, Rua da Escola Politécnica, s.a., ant. 1908, A3498 - AFML |
A Real Fábrica de Louças iniciou a laboração em 1767. A indústria da cerâmica estava pouco desenvolvida em Portugal, sobretudo quando comparada com o que se fazia no estrangeiro, pelo que se foram contratar mestres italianos para dirigir a produção. Segundo José Acúrsio das Neves,"Para fazermos alguma ideia da louça que antigamente se fabricava em Portugal, veja-se o que ainda hoje sai das nossas olarias e dê-se-lhe o desconto do muito que elas se tem aperfeiçoado depois que temos algumas fábricas dessa manufactura de melhor qualidade, as quais nunca entre nós passarão da mediocridade e assim mesmo tem origem italiana. A primeira destas fábricas foi a que se estabeleceu por conta do Estado e se anexou à das sedas no local, onde ainda existe junto à casa da água, no sítio do Rato, sendo o seu primeiro mestre Thomaz Brunetto, natural de Turim, com o qual se ajustaram condições em 1 de Agosto de 1767 e foi nomeado para contramestre outro italiano chamado José Veroli."
![]() |
Vasos em faiança |
O edifício da Real Fábricas das Sedas está, atualmente, classificado como Imóvel de Interesse Público. O edifício da Real Fábrica de Louças estava situado em parte do terreno onde hoje é a sede do Partido Socialista, o antigo Palácio do Marquês da Praia.
Fontes:
- Câmara Municipal de Lisboa
- Museu Nacional do Azulejo, Lisboa
- Navegando na Educação, por Carlos Fontes
- Noções históricas, económicas e administrativas sobre a produção e manufactura das sedas em Portugal e particularmente sobre a Real Fábrica do suburbio do Rato e sua annexas, por José Acúrsio das Neves, 1827
- A Real Fábrica das Sedas e fábricas anexas - séculos XVIII e XIX, por Joaquim António Calado Cochicho
Sem comentários:
Enviar um comentário