Vista aérea da Costa de Lavos, com a vila de Lavos ao fundo e o rio Mondego à esquerda. |
Lavos e as povoações vizinhas assentam nos areais ao sul do Mondego. A primitiva povoação desapareceu pouco a pouco, sob a areia. A transferência da nova igreja matriz terminou em 1632 e marcou a mudança da povoação, que se manteve no local até que as dunas obrigaram, por outra soterração, a mais uma mudança, 111 anos decorridos, isto é, em 1743.
Antes do liberalismo, Lavos foi um couto. As doações de couto, frequentes entre os séculos IX e XIII, como expressão senhorial, implicavam o privilégio da proibição de entrada de funcionários régios (juízes, meirinhos, mordomos, etc.) na terra coutada. Definia-se oficialmente, no reinado de D. Dinis, o acto de coutar uma terra como escusar os seus moradores da hoste e do fossado, do foro e de toda a peita, ou seja, imunidade perante os impostos e justiça reais. Todos os coutos foram extintos por lei de 1692, embora só acabando definitivamente em 1790.
O concelho de Lavos foi extinto em 1853, no âmbito das reformas administrativas de Passos Manuel.
Ser barão de Lavos à época em que foi escrito o romance não seria motivo de grande prestígio e até nos faz lembrar a famosa tirada de Almeida Garrett, uns anos antes, "Foge cão, que te fazem barão! Para onde? se me fazem visconde".
Fontes:
Junta de Freguesia de Lavos
Wikipedia
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