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Depois de ter feito "zoom" da multidão que se acumulava para entrar nos teatros até a um homem isolado que circulava no meio dela, a narrativa tinha que seguir explicando quem era esse homem. Abel Botelho podia ter continuado em formato descritivo ("Era o barão de Lavos, um homem casado mas que..."), mas decidiu usar um "truque" literário que tornou a narrativa mais viva e interessante: inventou um encontro casual com um coronel que conhecia o barão, e pôs na boca do coronel a identificação desse tal homem misterioso.
Não só ficámos a saber que se tratava de um barão, mas ficámos a saber também (sem ser preciso escrevê-lo explicitamente, porque a associação é óbvia) que era o personagem principal do livro, o barão de Lavos, um "caçador de efebos", com o que, de uma assentada, fomos introduzidos ao que é, talvez, o tema principal da obra, a homossexualidade. Bravo! Grande abertura!
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